segunda-feira, 22 de junho de 2015

O Tesouro oculto!

Conta uma parábola cristã: “O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido em um campo. O lavrador o descobre e, extasiado pela sua imensidão e esplendor, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo, tomando posse do fabuloso tesouro”. (Mateus, 13:44)

Um ensinamento oriental, mas convergente, complementa: “Aquilo que chamas corpo ou teu eu pessoal é o Campo e quem o conhece é o Conhecedor do Campo. A Maior Sabedoria é o discernimento entre o Campo e o Conhecedor do Campo”. (A Canção do Senhor – Bhagavad Gita, 12:1-1-2-3).

É uma constante em todos os tempos nos ensinamentos espirituais da humanidade, a indicação para a busca interior, para o essencial, para a alma. Muitos instrutores, em diferentes épocas e de muitas maneiras, têm apontado para a mesma direção, de modo convergente, para dentro. “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo”, já ensinava Sócrates, filósofo antigo. O que se oculta em cada criatura e que é de tão grande valor?

Nossos meios de percepção são impróprios para esse conhecimento, pois usam os cinco sentidos físicos que só percebem o que é exterior, o que chamamos de realidade concreta. E, como conseqüência, investimos o tempo todo naquilo que vemos, tocamos, ouvimos, cheiramos e degustamos. Jesus já ensinava que muitos tendo olhos, não vêem, e tendo ouvidos, não entendem.

A humanidade é afetada pela carência de valores interiores, pois mesmo satisfazendo os sentidos exteriores nas sensações do mundo, falta Algo para uma Real Felicidade. Será esse tesouro escondido em nós mesmos que nos faz tanta falta? Mas, como conquistá-Lo se desgastamos tanto nossas energias na procura de bens exteriores? Existe um círculo vicioso que envolve a humanidade e é alimentado de muitas maneiras: pela educação materialista, pela propaganda enganosa, pela competição brutal pelo poder material que massifica e oprime o ser humano, obrigando-o a ser um objeto de consumo descartável.

Sempre existiram ensinamentos convergentes para a libertação, se soubermos compartilhar idéias, sem preconceitos religiosos, raciais, nacionalistas, políticos, se soubermos resgatar a fé dos povos nos Mestres para o caminho interior que conduz ao Tesouro Oculto de cada um de nós.

Os desafios são grandes, mas a recompensa é muito maior. A serpente da
Ilusão deve ser desmascarada. Os donos da verdade, ser destronados. Deve-se contrariar a maioria acorrentada na Caverna de Platão para passar pela Porta Estreita. É necessário vencer o temor pela força do amor. Saber valorizar as convergências que somam e unem, desconsiderando as divergências que dividem e enfraquecem.

Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa 







sábado, 13 de junho de 2015

Auto-conhecimento (Parte II)

1.F ase mais superficial, material, imediatista. Nome, família, condição social, profissão, etc. Impera o instinto de preservação, segurança, integridade externa. Fase onde imperam os cinco sentidos. Dimensão onde interagimos naturalmente e é realimentada e sustentada como prioritária a qualquer custo, motivo quase único da grande maioria. Características humanas: individualismo egoísta, dualidades conflitantes, competições desgastantes. Estados de consciência: prevalece o mental inferior comandado pelo emocional instintivo, com pouco ou nada de auto-conhecimento.


2. Fase de auto-conhecimento mais interna. Temperamentos diversos. Melhor grau de percepção do físico, emocional e mental. Conhecimento de suas possibilidades e limites. Fase de auto-conhecimento geralmente despertada por impactos quando há crises de saúde física, emocional e mental. Características humanas: melhor compreensão dos semelhantes, começo da solidariedade mesmo que ainda dualista, auto-estima, respeito, humildade e busca de outros valores. Estados de consciência: um pouco de reflexão sobre a realidade pessoal ainda atrelada ao ego humano. Início do auto-conhecimento mais profundo e procura de recursos apropriados como estudos, meditação, compartilhar de experiências, etc.


3. Fase de percepção do EU Maior, Consciência. Observador da realidade individual limitada e da Realidade Maior envolvente onde vivemos e interagimos. Percepção das limitações das fases anteriores, dominadas pela ilusão dos sentidos. Auxílio de níveis de consciência diferenciados e acima das duas condições anteriores. Percepção do que transcende o que é materialmente imediato. Fase difícil de comprovar cientificamente, só sinalizada por conceitos filosóficos e religiosos por uma sensibilidade acima do comum. Percepção do transcendente, do metafísico e também do imanente em cada pessoa, em cada reino. Percepção da Grande Unidade onde vivemos. Características humanas: grau de integração ampliada. Compreensão do monismo universal. Compreensão dos corpos sutis, chakras, equilíbrio dos opostos (Ying – Yang, bateria). Estados de Consciência: focalização mais voltada à evolução de si mesmo e da espécie humana, em conjunto com os reinos naturais. Investimento no que é superior ao trivial, comum, corriqueiro. Estado de Comunhão com o Universo pelo essencial, pelo espiritual, transcendendo os reflexos múltiplos e aparentemente confusos e inexplicáveis.

 Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa  OK





domingo, 7 de junho de 2015

Por que meditar com o auto-conhecimento? (Parte 1)

1-Tomar  consciência, controle e habilidade para com a nossa máquina biológica humana, pouco conhecida. Usamos apenas 10% da nossa capacidade cerebral. Cada célula orgânica tem informações que dariam para escrever mil livros de 600 páginas. Nossa comunicação orgânica é uma comunhão total de informações para nossa auto-preservação.

Estamos 24 horas em companhia de nós mesmos. Quem sou? Onde estou?
Já nascemos com tudo o que necessitamos para conquistar um paraíso pessoal. Nossos talentos e oportunidades estão sempre à disposição. Parábola dos talentos e do tesouro oculto.

O que é real e permanente para cada um de nós além de nós mesmos?
Nossa individualidade nos acompanha sempre em toda nossa vida. Tudo ao nosso redor é variável, im-permanente: objetos, pessoas, amizades, bens e circunstâncias. Mas cada um de nós é o centro, o ponto de referência de tudo que nos envolve. Daí o grau de importância que justifica o auto-conhecimento em todos os níveis: físico, emocional, mental, consciência e outros mais profundos.

Quem sou eu? É o ponto de partida para qualquer intenção fora de nós mesmos. Se temos uma casa e pouco ou nada conhecemos dela, teremos poucas chances de saber o que será realmente importante para torná-la melhor, mais confortável e agradável. Nossa casa pessoal e individual (nosso corpo) é nossa moradia para uma vida toda. Não podemos trocá-la, mas podemos torná-la melhor e assim viver bem em qualquer circunstância exterior.

Deste ponto de partida fundamental depende o seguinte: Onde estamos? O meio onde interagimos, nossos relacionamentos em todos os sentidos – familiares, sociais, raciais, religiosos, nacionais, etc. – onde poderemos encontrar os recursos para o nosso auto-conhecimento.

2. Descobrir e superar traumas, resistências e condicionamentos que bloqueiam nossa Evolução. A ilusão do Ego (desenho)

3. Encontrar o equilíbrio entre nosso eu pessoal externo, que atua no mundo material, e o nosso Eu Essencial. Ver Energias de Sustentação. Conseqüentemente, podemos superar conceitos errôneos que nos separam de nossos semelhantes, sejam eles raciais, religiosos, políticos, sociais, sexuais etc.

4. Compreender a realidade múltipla e diversificada em nós, em nosso redor, e em todo o planeta. É um fato concreto e natural na evolução do planeta. É onde devemos viver em harmonia, na espécie humana com os reinos que nos envolvem. Diversidades compartilhadas e convergentes são características e recursos para evolução harmônica e equilibrada, sem conflitos e destruição.

5. Crescermos em Sabedoria, Felicidade e Prosperidade, pelo auto respeito e valorização, aprendendo e praticando a lei do compartilhar para um ideal superior e universal, superando a competição egoísta que nos isola e gera conflitos. A natureza demonstra esse fato, em seus reinos mineral, vegetal e animal. Interferimos nesse processo e sofremos as conseqüências pela falta de uma sintonia criativa da vida. A Grande Unidade. Todos somos Um. Aprender a estar integrado. Transcender aspectos opostos na Grande Unidade. Ying – Yang. Os polos da bateria. 

Texto de Iran Waldir Kirchner

Foto Ilustrativa