terça-feira, 28 de abril de 2015

Valores da vida!



Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as observa, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa e ela não caiu; pois estava edificada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as observa, será comparado a um homem néscio, que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e foi grande a sua ruína. (Mateus 7: 24-27)

Os termos casa, campo, terra, etc. são usados em parábolas, tanto no cristianismo como em outras religiões, relacionando-se com nosso corpo com tudo que ele contém. (Ver Tesouro Oculto, Orar, Parábola da Semeadura).

Desde que nascemos, estamos ligados a nossa casa biológica, nosso corpo, com capacidade, talentos etc. Quando crianças essas são potencialidades latentes que vão sendo desenvolvidas ou edificadas no decorrer de nossa vida. Hoje, damos muita atenção à educação e à saúde como algo básico para construir, edificar nossa casa biológica. É o que temos como realidade imediata e constante ao nosso dispor: um veículo completo para a caminhada evolutiva da consciência no ambiente onde estamos. Podemos viver focados constantemente no exterior, mas o instrumento para esse relacionamento de interação é a casa corporal com os meios que tem. Se ela foi construída solidamente sobre a rocha (valores) poderá resistir às intempéries do caminho sem desequilíbrios. Somos os planejadores e construtores de nós mesmos e a todo momento estamos 24 horas por dia diante dessa tarefa, mesmo quando dormimos.

Ser semelhante não significa ser igual. Somos diferentes. Isso é uma característica da Natureza – diversidade, multiplicidade – e assim Ela evolui no mineral, no vegetal, no animal e também no homem.
Mas, como viver e evoluir nesse meio natural aparentemente caótico e tão diversificado?
Gostamos de padronizar tudo, de uniformizar, de igualar, pois isso nos traz uma aparente segurança.

Mas, nós mesmos somos variáveis na nossa individualidade. Como crianças, como jovens, como adultos, cada fase tem suas semelhanças, mas com grandes diferenças. Mas, isso é Evolução que não é estática, mas dinâmica. A Natureza levou milhões de anos para evoluir seguramente e o homem está transformando a si mesmo e ao seu redor em pouco tempo. Será esta transformação uma evolução natural e segura, ou temos que rever alguns conceitos da espécie “homo sapiens”? (Ver Antropocentrismo) Como será o Planeta daqui 100, 200, 300, 1.000 anos?

Estamos construindo nossa casa biológica e transformando nossa casa planetária sobre valores firmes ou sobre a areia movediça?

O ego humano muito superficial se ilude com o imediatismo das sensações (Ver Auto-conhecimento e Ilusão) e não se interessa por conseqüências futuras, justificando-se que não estará mais presente para sofrer. Mas, atualmente sofremos o resultado da atuação humana do passado: quantos desertos já foram paraísos exuberantes de riquezas vegetais, minerais e animais? Quantos povos e culturas importantes foram dizimados pela insanidade humana?

Um mínimo de coerência nos faz questionar as qualidades do reinado do “homo sapiens” e fazer uma avaliação individual e global do presente para o futuro. (Ver O Bem e o Mal). As gerações futuras vão nos cobrar o nosso posicionamento de hoje. Podemos até descartar a responsabilidade para os governantes do coletivo, mas estes são fundamentos e princípios formados por indivíduos. Sejamos coerentes: nossa casa biológica tem resultados primeiro em nós mesmos – saúde mental, emocional e física. Depois influencia o meio onde vivemos e ele nos retribuirá em proporções multiplicadas.
Seja coerente. Sua atitude é importante para todos.

Texto de Iran Waldir Kirchner

Foto Ilustrativa