quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O tempo, o amor e a eternidade!




"O tempo é lento para os que esperam, rápido para os que temem, longo para os que se afligem, curto para os que se deliciam. Mas, para aqueles que amam, tempo é eternidade".   (Inscrição num relógio de sol da Universidade de Virgínia)

Realmente, para aqueles que amam, o tempo é a eternidade. Ele passa muito rápido quando estamos juntos, mas é demasiado lento quando a saudade aperta. E foram inúmeras as vezes que experimentamos esse tempo diferente em nossa vida. Muitas vezes encontramos casais de namorados e nos vêm à lembrança momentos felizes. Isso nos faz pensar em como é complexo um relacionamento, seja ele de amizade, de amor, ou simplesmente de companheirismo.

Um relacionamento não se mede pelo tempo que dura, mas por sua intensidade. Como dizia o poeta Vinicius de Moraes, que seja eterno enquanto dure...
Conhecemos alguém e no instante seguinte parece que nos conhecemos de longa data. São as semelhanças, as coisas que temos em comum que nos dão a sensação de eternidade...
Mas, quando estamos num consultório de dentista, parece que o tempo parou, que nunca mais vamos conseguir sair dali... Será o medo? Muito complexa essa história de tempo. Ele é tão relativo quanto o são os nossos pensamentos.

Quando pensamos em termos de uma vida inteira, vemos quanto ela é curta. Parece que o tempo voa e não conseguimos realizar tudo aquilo que pretendíamos. Aí vem aquela sensação de frustração, de coisa inacabada. Muitas vezes eu observo as pessoas desperdiçando seu tempo com coisas inúteis, fúteis. Existem tantas coisas importantes a se fazer na vida que acho um crime desperdiçar horas preciosas com frivolidades. As mágoas, por exemplo, são perfeitamente inúteis em nossa vida. Para que perder tempo remoendo aqueles acontecimentos que não podemos mais mudar? Por que guardar mágoa, pensar e repensar em pessoas que nos feriram? Seria a vontade de sofrer que nos leva a isso? Pura perda de tempo...

Mas, falando em relacionamento, eu costumo dizer que as pessoas só estão aptas a conviver com outras quando elas se bastam. Um relacionamento amoroso não vai bem quando as pessoas se aproximam das outras por puro medo da solidão. O que acontece é que, nessa situação, o que buscamos é simplesmente um apoio, uma muleta e não um relacionamento saudável, de igual para igual, de companheirismo.

Vemos, nos dias de hoje, uma busca frenética por companhia. Parece que as pessoas não conseguem mais ficar a sós consigo mesmas, curtir seu próprio mundo. Não  é egoísmo. É, sim, um respeito para com seu EU, um gostar de si mesmas. Como posso gostar de alguém se não gosto de mim mesma?

A palavra amor está muito banalizada. Dizer “eu te amo” da boca para fora é muito fácil. Os jovens, principalmente, acham a toda hora que encontraram o amor da sua vida. Mas, logo descobrem que tudo não passou de uma ilusão, o amor se evapora e não sobra nada. Os relacionamentos se desfazem com uma facilidade incrível. Por quê? Ora, porque só existia a paixão, a atração e nada mais. Um relacionamento amoroso é muito mais do que paixão, envolve companheirismo, compreensão mútua, afinidades, objetivos comuns, cumplicidade, amor puro... Relacionamentos baseados simplesmente em atração se desfazem como bolhas de sabão. Se o castelo de sonhos for construído em cima de bases sólidas, em cima da rocha, por certo não se desfaz ao primeiro vento. 

     Neste Dia dos Namorados, vamos ter em mente a construção desses sonhos maravilhosos, mas sempre baseados em bases firmes. Vamos dar a mão àquela pessoa que está ao nosso lado, não só para um passeio, mas para o crescimento enquanto seres humanos, um crescimento que rume para a eternidade... 

Texto de Cecy Kirchner
Foto ilustrativa

Nenhum comentário:

Postar um comentário