quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Quem somos, Martas ou Marias?


     E, aconteceu que, indo eles pelo caminho, entraram uma aldeia; e certa mulher por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã  chamada Maria, a qual assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe pois que me ajude.

     E respondendo, Jesus disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e fatigada com muitas coisas, mas uma só é necessária. E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. (Lucas 10-38,42)

      Estamos às vésperas do Natal, data máxima da cristandade. Quanta agitação, quantos afazeres e preparativos para comemorar o nascimento do Mestre dos Mestres – Jesus, o Cristo. A escolha dos presentes, os preparativos e enfeites da casa e, principalmente, o que julgamos seja de suma importância, que não pode faltar – comidas e bebidas em grande quantidade. O comércio se agita nesta data, a expectativa pelo ganho de presentes gera a ansiedade em todos, crianças e adultos. Somos muito “Marta” e muito pouco ou quase nada “Maria”. Se Jesus estivesse presente nesta época junto a todos nós, o que diria? Com certeza, o mesmo que disse a Marta!

      A superficialidade dos sentidos exteriores pode nos levar por caminhos embaraçosos e perdermos a melhor parte, a única necessária, a que Maria escolheu: ouvir os ensinamentos de Jesus, beber diretamente na Fonte da suprema Sabedoria e Bondade. O que nós cristãos perdemos por ser em demasia superficiais e exteriores e muito pouco ou quase nada em profundidade, essencialidade e espiritualidade? Poderemos perder muito, as nossas próprias vidas, enfraquecendo nossas almas pela falta do precioso alimento: a Verdade do Cristo. Essa é a única que pode nos libertar dos nossos padrões bloqueadores para uma real Felicidade e Liberdade.

      Vinha um peregrino por uma estrada, quando encontrou uma grande multidão festejando ao redor de uma grande placa com mensagens indicativas. Parou e procurou saber o que estavam comemorando. A resposta foi uma só: todos nós estávamos perdidos nesse imenso território, até que encontramos esta placa que indica o caminho para uma terra maravilhosa. Por isso, estamos festejando e cada um que chega se junta a nós e a festa continua cada vez melhor. Escolha um lugar em volta da placa e fique conosco. Perguntou o peregrino: mas, quando essa multidão vai seguir em frente para essa terra maravilhosa? E eles responderam: A alegria aqui é muito grande e contagiante. Talvez um dia todos juntos seguiremos em frente. Alguns já foram, mas bem poucos. Fique conosco e não se preocupe.

      Toda a humanidade está reunida em multidões ao redor de placas que sinalizam caminhos para um paraíso perfeito. Poucos são os que se atrevem a seguir em frente. A grande e maciça maioria se acomoda apenas na admiração dos ensinamentos sem vivenciá-los. Muitos Mestres de Sabedoria já passaram pelo planeta Terra. Todos deixaram indicações para o bem da Humanidade, não pediam adoração a si próprios mas Amor a Deus e à Sua Obra. Temos a inteligência e recursos para vivermos no Paraíso aqui e agora, mas a mudança começa dentro de nós, nossos bloqueios, resistências, preconceitos, discriminações. O exterior é a conseqüência do interior. O contrário é falso, é apenas uma imitação.

      Que o Espírito de Natal faça renascer o Cristo em nossos corações.
 
Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa - Baia de Guaratuba

 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que realmente importa!



     Alguns dias atrás li uma mensagem muito interessante, que me fez pensar.

     “Um professor, diante de sua classe de filosofia, sem dizer uma só palavra, pegou um pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo de bolas de golfe. Em seguida, perguntou aos alunos se o frasco estava cheio e imediatamente todos disseram que sim.

     O professor, então, pegou uma caixa de bolas de gude e esvaziou-a dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou a ouvir de seus alunos que sim.

     Em seguida, pegou uma caixa de areia e esvaziou-a dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e ele perguntou novamente aos alunos que responderam que o pote agora estava cheio.

     O professor pegou um copo de café (líquido) e o derramou sobre o pote, umedecendo a areia.

     Os alunos riram da situação e o professor falou:

     Quero que entendam que o pote de vidro representa nossas vidas. As bolas de golfe são os elementos mais importantes, como Deus, a família e os amigos. São com eles que nossas vidas estariam repletas de felicidade. As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo, etc. A areia representa todas as pequenas coisas. Mas, se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golfe e para as bolas de gude.

     Um aluno se levantou e perguntou o que representava o café.

     O professor respondeu:

     O café serve apenas para demonstrar que não importa o quão ocupada esteja nossa vida, sempre haverá lugar para tomar um café  com um amigo.”

     O mesmo ocorre em nossas vidas. Muitas vezes gastamos todo o nosso tempo e nossa energia com as pequenas coisas e nunca temos lugar para aquelas coisas que realmente importam. Prestemos atenção às coisas que são primordiais para a nossa felicidade – buscar a Deus e crer n’Ele, buscar o conhecimento, brincar com os filhos, passear com a família, estudar, praticar o esporte favorito, ajudar os que nos procuram... Sempre haverá tempo para as outras coisas.

     Sempre costumo dizer que meu tempo é muito precioso e muito curto para ser gasto com coisas supérfluas, insignificantes. Existem tantas coisas maravilhosas com que nos ocupar que elas preenchem a nossa vida nos tornando pessoas felizes.

     O importante mesmo é se ocupar das “bolas de golfe” em primeiro lugar. O resto é apenas “areia”... 
 
Texto de Cecy Kirchner
Foto ilustrativa