domingo, 20 de abril de 2014

As amizades são um tesouro.


    
 
 As verdadeiras amizades são nosso tesouro. Cultivar boas e sinceras amizades ao longo de nossa existência é uma arte que requer muita compreensão e sabedoria. Quando falo em amizade, não estou me referindo a conhecimentos eventuais, amizades superficiais... Para mim, amizade é muito mais do que isso.

     
 
 A amizade é cultivada a cada dia, a cada novo encontro. Amizade pressupõe, principalmente, o respeito mútuo. Muitas vezes vemos pessoas dizerem que fulano é seu amigo, mas, ao mesmo tempo em que afirmam isso, estão falando de seus defeitos, de seus erros. Ser amigo não quer dizer ignorar os defeitos do outro, mas sim aceitar a pessoa como ela é, sem julgar, sem recriminar. Quem somos nós para julgar o nosso semelhante? Palavras muito sábias: quem não tem pecado atire a primeira pedra.

      E precisamos também lembrar que não somos donos da verdade. A minha “verdade” é bem diferente da verdade do outro. A verdade é uma só, apenas a vemos de diferentes ângulos, não cabendo a nenhum de nós afirmar que ela é assim ou assado.

      Tenho grandes amigos, isso eu posso afirmar. Amigos de diversas religiões, de diversas profissões, não importa o credo ou a raça, mas amigos mesmo em quem eu posso confiar. E a base de nossa amizade é sempre o respeito mútuo. Não discutimos religião, não falamos mal dos outros, não nos reunimos para jogar conversa fora, como se diz. Cada vez que encontramos bons amigos, procuramos eternizar todos os momentos, com conversas realmente proveitosas, que nos tragam conhecimento, bem estar e, sobretudo, muita paz interior.

      Há  algum tempo, recebi um texto que achei muito importante. Ele fala das pessoas que são um “presente” em nossa vida. Gostei tanto que vou transcrevê-lo:

     As pessoas são um presente. Vamos falar de gente, de pessoas. Existe, por acaso, algo mais espetacular do que gente? Pessoas são um presente!

     Algumas vêm em embrulho bonito, como os presentes de Natal, Páscoa ou festa de aniversário. Outros, vêm em embalagem comum, há as que ficam machucadas no correio... e de vez em quando, chega uma registrada. São os presentes valiosos.

     Algumas pessoas trazem invólucros fáceis de abrir, enquanto outras é  dificílimo, quase impossível tirar a embalagem. É fita durex que não acaba... Mas a embalagem não é presente, porém tantas pessoas se enganam, confundindo a embalagem com o presente. Também você, amigo, eu também, somos um presente de Deus para os outros, Você para mim e Eu para Você.  Triste se fôssemos apenas um ‘presente embalagem’: muito bem empacotados e quase sem nada lá dentro! Quando existe um verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na abertura, na fraternidade, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria dos presentes reais.

     Nos verdadeiros encontros de fraternidade, acontece alguma coisa muito essencial: mutuamente vamos desembrulhando, desempacotando, revelando, no bom sentido, é claro.

     Você  já experimentou essa imensa alegria da vida? A alegria profunda que nasce do recôndito de uma alma, quando duas pessoas se encontram, se comunicam, virando presente uma para a outra?

     Conteúdo interno é o segredo para quem deseja tornar-se presente aos amigos e não apenas embalagem... a minha embalagem pode não ser tão bonita, mas o conteúdo pode ser um verdadeiro presente...” (Mon Liu)

      Posso afirmar sem medo de errar: recebi muitos presentes em minha vida, mas os amigos são o meu verdadeiro tesouro.
 
Texto de Cecy Kirchner
Foto Ilustrativa 

 

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