MOTIVAÇÃO
Poderemos notar em todos nós que
sempre estamos à procura de algo, em busca de um objetivo, de um ideal.
Mesmo nos animais isso existe, mas em forma menos racional, meio instintiva.
Isso é uma constante no ser humano, seja ele quem for – letrado ou analfabeto,
homem ou mulher, criança ou adulto. É impossível imaginar alguém que não
procure algo melhor para si mesmo, até mesmo o andarilho errante, que
aparentemente não tem nenhum ideal, acredita que naquela maneira de vida achará
algo que lhe falta. Portanto, se existem diferenças, são os objetivos e os
modos de alcançá-lo, mas o impulso natural é o mesmo em todos nós.
É justamente o ponto dos nossos
objetivos que é necessário compreendermos bem. Por exemplo: todos nós buscamos
diversos objetivos ao mesmo tempo. Temos os objetivos do dia-a-dia, do mês, do
ano, etc.
Até este ponto, tudo bem.
Pode-se entender perfeitamente os objetivos de curto, médio e longo prazo, mas
todos eles são, geralmente, relativos a nós como pessoas físicas, pessoais,
materiais. Todos eles são justificáveis mas somente com relação a esta nossa
personalidade transitória, com uma duração média de 60 a 80 anos apenas.
Mas, nós todos que estamos aqui temos
a convicção de que não somos apenas esta casca descartável. Caso contrário, não
estaríamos aqui neste local, neste instante. Pode parecer mórbido e
deselegante, mas quem pode ter certeza de que amanhã poderá contar com sua
própria carcaça material para a qual temos tantos objetivos?
Mas, se não for
amanhã, algum dia vamos ter que abandoná-la inevitavelmente. E daí nos veremos
como realmente somos: individualidades espirituais eternas. Vamos colocar agora
uma pergunta a nós mesmos: qual o objetivo justificável e correspondente para
essa criatura imortal que somos realmente? Se pensarmos profundamente sobre
isso, todos nós vamos ter a mesma resposta: nosso ideal seria nada menos que a
ILUMINAÇÃO, nada menos que a LIBERTAÇÃO, e nada menos que a REALIZAÇÃO.
Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto ilustrativa
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