quinta-feira, 21 de maio de 2015

Energias da sustentação - Elementos na meditação (continuação)

P
 
ranayama não é um simples exercício respiratório, mas é uma prática para a recepção do Prana (energia vital básica) para que equilibre o físico, o emocional e o mental. Esses três elementos, quando não ajustados entre si, desarmonizam a criatura, alterando o ritmo cardíaco, a pressão, a digestão, os reflexos, a visão e principalmente a respiração que diminui a oxigenação do sangue, fechando o ciclo vicioso e acelerando a queima de energias até a exaustão, favorecendo assim a ocorrência da doença.

            A respiração (Sopro Divino) é a principal fonte de energias, não apenas o oxigênio, mas uma enorme variedade de energias solares que estão no ar, sustenta o ser humano que, sem isso, perece em 5 minutos.
            O Prana (Oriente), a Força Ódica (Mesmer), o Ká (Egito), o Chi ou Ki (China), o Fluido Cósmico (Kardec) referem-se à mesma energia recebida pela respiração.

            A água é o segundo elemento nesta escala, pois é grande condutora de energias positivas quando límpida, e depuradora quando é expelida retirando as energias negativas. Alguns dias sem ela é fatal. A água tem o poder de captar nossas energias, tanto as positivas como as negativas. Nosso corpo físico é formado por uma grande percentagem de água. Pela qualidade de nossa água corporal somos grandemente afetados. O cientista japonês Masaru Emoto fez uma longa pesquisa a respeito da influência de fatores externos sobre a água. Suas conclusões estão relatadas no livro “O Poder da Água”.


            O repouso é o terceiro ponto importante na manutenção das energias e recuperação física, mental e emocional. Saber relaxar e descontrair significa não desgastar-se inutilmente. Perceber e sintonizar-se com o ritmo dos ciclos é importante.

            O último elemento nessa escala é o alimento sólido, pois é possível viver sem ele muitos dias, se necessário, desde que não faltem os três principais: o ar, a água e o repouso. O máximo cuidado deve haver com a alimentação sólida quanto à pureza, ao grau de simplicidade e principalmente quanto à quantidade, pois ela necessita de muita energia para ser processada e absorvida, sendo que muitos órgãos têm que trabalhar para isso. É grande engano praticar excessos neste último elemento para compensar a carência com os três primeiros e principais. A doença física, nervosa e mental será inevitável.

            Voltando ao Pranayama, vimos que anormalidades físicas, emocionais e mentais alteram a respiração. Podemos neutralizar esses estados com uma respiração consciente. A respiração perfeita, com vibrações sonoras e mentais (mantrans) têm influência direta no físico, nos nervos e nos pensamentos. Esse é o real significado do Sopro Divino citado na Bíblia.

            Nosso sistema respiratório é um dos maiores e mais complexos do nosso corpo, não se trata apenas dos pulmões, mas principalmente de todo o sangue (3 a 5 litros) que é o maior veículo de nossas energias vitais. A prioridade desse alimento, o ar puro, é fundamental à sanidade física, emocional, mental, psíquica e espiritual, principalmente. Temos escrúpulos com a comida sólida, a última em grau de importância: primeiro o ar, em segundo a água, em terceiro o repouso e em quarto a comida. É também o último em quantidade necessária: primeiro, o ar, dezenas de milhares de litros por dia, e em quarto e último, a comida. Podemos sobreviver sem ela por muitos dias ou normalmente com apenas alguns gramas ao dia, décimos de litro; é a água que lhe dá maior volume e peso. E apesar de todas as evidências científicas, o humano é levado pela propaganda:

VIVA BEM COMENDO MUITO – BEBENDO COM MUITAS MISTURAS: ANILINAS, CORANTES, ADITIVOS, SABORES QUÍMICOS, ÁLCOOL, ETC. – RESPIRANDO PERFUMES ARTIFICIAIS, DESINFETANTES TÓXICOS, INSETICIDAS FULMINANTES, SEM FALTAR UMA ANESTÉSICA FUMAÇA DE TABACO. DURMA BEM COM CALMANTES E PSICOTRÓPICOS, AO SOM ESTEREOFÔNICO DE APARELHOS SOFISTICADOS E RELAXE VENDO IMAGENS MULTICOLORIDAS DAS INTRIGAS E DESGRAÇAS DO MUNDO TODO. 

A inversão de valores faz a troca das coisas simples, naturais e nutrientes por outras complexas, artificiais e venenosas. Deixa-se o fundamental pelo supérfluo, o interior pela superfície, a essência pela casca, o conteúdo pelo envoltório, o espírito pela matéria, o centro pela periferia. Quem só vê a cara não vê o coração.

Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa

            

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