continuação...
Portanto, a continuidade da
consciência não é um sonho mas um fato concreto em qualquer nível de
percepção, ficando apenas condicionada aos véus que existem ao redor.
O temor de mergulhar em si mesmo em
busca de realidades maiores é influenciado pois jamais
haverá alienação da vida, mas, ao contrário, aspectos antes desconhecidos
serão percebidos e, com isso, ganha-se amplitude.
Se fizermos uma auto-análise notaremos
que a criatura é um grande desconhecido para si mesma. Apesar das grandes
conquistas no terreno científico que nos permite ver o universo ao redor em distâncias
enormes, temos dificuldades em penetrar nosso próprio interior, que está tão
próximo.
Pagamos hoje um preço muito alto pela
desorientada educação religiosa ocidental que recebemos e pelo descaso que
nossos antepassados tiveram pelas religiões consideradas pagãs no seu tempo.
Ainda hoje sentimos o impacto que a palavra Morte nos causa e até nem gostamos
de falar sobre o assunto, pois é considerado de mau gosto nos meios sociais.
Entretanto, é um fato comum no dia-a-dia, como outro qualquer, e assim é
considerado por filosofias que nossos antepassados chamavam de pagãs.
A
diferença entre eles e nós está principalmente na educação religiosa que já
ensinava, há milhares de anos, as verdades sobre a reencarnação, enquanto
nossos antepassados aprenderam que o que os esperava ou eram as penas do
inferno eterno, ou a ociosidade de um paraíso enfadonho. Isso foi uma das
causas de ter o Ocidente mergulhado no materialismo, já que tudo o mais era
incerto e o melhor seria aproveitar ao máximo, enquanto se podia, pelo fato de
que estas realidades eram desconhecidas.
Foi o espiritismo, no século 19, que
começou publicamente a abrir caminho para os ensinamentos orientais no
Ocidente, pregando a reencarnação e derrubando os falsos conceitos sobre a morte.
Teve também um aspecto universal, procurando divulgar ensinamentos de mentores
também de outras religiões. O espiritismo científico pregou a existência de
outros planos na criação acima do físico, como o plano astral com seus
departamentos organizados e dirigidos por entidades competentes, visando jamais
o castigo, mas sim a recuperação e a evolução espiritual da criatura após a
morte.
Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário