sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Sócrates e Platão – precursores do Cristianismo e do Espiritismo – 500 a. C.

 
    A   preocupação constante do filósofo (tal como o compreendiam Sócrates e Platão) é de tomar o maior cuidado com a alma, menos por esta vida, que não é senão um instante, do que em vista da eternidade. Se a alma é imortal, não é mais sábio viver com vistas à eternidade?
           

  O Cristianismo e o Espiritismo ensinam a mesma coisa.
            Se a alma é imaterial, depois desta vida, ela deve seguir para um mundo igualmente invisível e imaterial, da mesma forma que o corpo, em se decompondo, retorna à matéria. Importa somente distinguir bem a alma pura, verdadeiramente imaterial, que se nutre, como Deus, de ciências e de pensamentos, da alma mais ou menos manchada de impurezas materiais que a impedem de se elevar até o divino, e a retêm nos lugares de sua morada terrestre.


            Sócrates e Platão, como se vê, compreendiam perfeitamente os diferentes graus de desmaterialização da alma; eles insistem sobre a diferença de situação que resulta para ela sua pureza maior ou menor. O que eles diziam por intuição, o Espiritismo o prova por numerosos exemplos que coloca sob nossos olhos. (O Céu e o Inferno, 2ª parte).”


            A Natureza, com sua aparente simplicidade, demonstra claramente o Amor Divino em ação constante. O Sol aquece sem nada pedir em troca. O Ar vivifica a vida animal e vegetal, sem cobrança. As Águas, em ciclos constantes, não param na sua doação. A Terra, esta mãe generosa, dá tudo de si mesma: alimento, abrigo, ferramentas, remédios e com um pouco da nossa ajuda, multiplica agradecida sua produção.


            Será que o gênero humano tem noção e gratidão pelas coisas naturais que o cercam? São coisas simples e comuns e de pouca importância? A falta de qualquer elemento natural põe em risco a vida humana. A Ecologia hoje nos ensina a preservar a Natureza que é de vital importância.
            Sócrates e Platão, 500 anos antes de Cristo, já afirmavam a amorosidade com que nos envolve a Natureza, que é uma expansão concreta e palpável do Amor Divino. Seremos cegos, surdos, insensíveis e ignorantes? Ou é o orgulho que nos torna indiferentes e ingratos, soberbos diante do Amor Divino?


            Que seria da nossa evolução espiritual sem a possibilidade de encarnar como seres humanos, sem poder receber um corpo físico para aprender as leis Divinas do Amor? Nossos corpos são formados de elementos naturais que nos rodeiam: do calor do sol, da fluidez das águas e dos ares, da rigidez dos minerais, da fauna e da flora para assimilar os alimentos. Como espíritos encarnados que somos, temos que ter sempre alegria e gratidão de poder estar aqui, vivos na matéria para evoluir no Espírito em sabedoria e saber amar como Deus nos ama, e como a Natureza nos ama.

Texto de Iran Waldir Kirchner

Foto ilustrativa

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