quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A pedra e o pontinho!

     O distraído nela tropeçou. O bruto a usou como projétil. O empreendedor, usando-a, construiu. O camponês, cansado da lida, dela fez assento. Para meninos, foi brinquedo. Drumond a poetizou. Já David, com ela matou Golias. E Michelangelo dela extraiu uma escultura. Em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas sim no homem.”

     Achei muito inspirador esse pequeno texto. Isso me lembra aquela história do pontinho: Uma pessoa, certa vez, me apresentou uma folha de papel em branco e no meio dela colocou um pontinho de caneta. Perguntou-me o que eu via ali. Imediatamente, sem pensar, respondi: um pontinho. Essa pessoa, com sua imensa sabedoria, me disse: – “Essa folha representa a tua vida. Esse pontinho são os teus problemas. Por que você só enxerga o negativo e não vê o positivo? Utilize esta folha para escrever e verá que o pontinho vai servir como um pingo no i.”

     Nunca mais esqueci essa lição. E sempre que tenho oportunidade, procuro passá-la para os outros.

     A pedra que está no meu caminho pode ser muito útil. Assim como o pontinho, posso utilizá-la para inúmeras coisas, construtivas ou destrutivas. Tudo vai depender do que eu tenho dentro do meu coração. Se ele estiver habitado pelo amor universal, certamente vou utilizar a pedra para construção, para alguma coisa útil.

     O pontinho e a pedra simbolizam nossos problemas do dia-a-dia, nossas “experiências”. Sim, por que se encararmos os problemas como experiências pelas quais temos que passar, podemos deles tirar muito proveito. Eles nos ensinam lições admiráveis. Vemos o mundo com outros olhos, encaramos as dificuldades não como provações difíceis, mas como um aprendizado que nos fará crescer, contribuindo em muito para a nossa evolução espiritual.

     Muitas vezes em nossa vida temos a tendência a enxergar somente o lado ruim das coisas. Não vemos que as situações são como uma moeda: têm duas faces – cara e coroa. Uma não é mais importante do que a outra, mas sim complementares. Os maus momentos que passamos são o outro lado da nossa vida, são lições para que possamos entender e valorizar o conjunto todo. Se encararmos sob esse prisma otimista, veremos que a vida não é um “mar de lágrimas” como possa parecer a muitos. Mesmo nas situações mais adversas, podemos extrair uma lição boa, construtiva.

     E se pararmos para pensar, fazer um balanço de nossa vida, veremos que os bons momentos – aqueles feitos com tão pouquinho – são muito mais numerosos do que os maus.
 
     Para ser feliz basta muito pouco. Basta transformar a pedra num banco, numa construção. Basta utilizar o pontinho como pingo no “i” de uma carta de amor...

     Precisamos aprender que “cada instante que passa é uma gota de vida, que nunca mais torna a cair.“ O importante é aproveitar cada gota para evoluir, pois poderemos nunca mais ter outra chance igual...

Pense nisso e mude sua vida. 
 
Texto de Cecy Kirchner
Foto Ilustrativa

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