O ser humano tem uma muita atenção com
a questão corporal: a aparência, a higiene, a alimentação, etc. A grande
maioria é vítima da falsa propaganda que condiciona a mente humana a fim de
obter maiores lucros. “Consuma este produto e seja feliz”.
Somos apenas uma pele com sensações?
Nossa vida se resume naquilo que comemos, vestimos, cheiramos, ouvimos, olhamos
e tateamos?
Nossos valores internos – pensamentos
e sentimentos – são considerados muito importantes até mais que os exteriores.
Uma mente sadia, com sentimentos sadios, influi decisivamente em nosso corpo. A
insanidade mental e emocional desequilibra e põe em risco funções vitais
básicas: circulação sangüínea, digestão, mobilidade, e também relacionamentos e
outras mais. Assim, será que a higiene mental e emocional é desnecessária ao
nosso bem estar?
A vida prática prova que a qualidade
de nossos pensamentos e sentimentos exerce influência direta sobre cada um de
nós. Sabemos cuidar do lixo físico da nossa casa, mas espalhamos, e
até jogamos em nossos semelhantes, nosso lixo mental e emocional: raiva,
preconceitos, julgamentos, pessimismo, discriminações, inveja, traumas e
complexos. Poluímos nossa atmosfera mental e emocional e é dentro dela que
vamos viver nosso dia-a-dia. A água, o sabonete e perfumes não removem essa
poluição. Vamos ver o mundo ao redor através das lentes dos nossos pensamentos
e sentimentos. Se forem límpidos e harmoniosos, veremos e sentiremos a
verdadeira Realidade. Caso contrário, seremos vítimas da Grande Ilusão.
Já ensinava o Mestre Nazareno,
hoje tão esquecido: “Não é o que entra pela boca que contamina, mas o que sai
da boca, porque o que sai da boca vem do coração e dos pensamentos. Isso
realmente é o que contamina.”
Viver apenas na superficialidade, na
aparência de nossa individualidade e esquecer nossos valores internos pode nos
afastar do caminho para a felicidade que todos nós procuramos.
É necessário que façamos
periodicamente uma avaliação de nosso estado emocional e mental. Só nos
conhecendo realmente é que podemos nos direcionar para o nosso crescimento
interior. Para isso temos recursos ao nosso alcance: a meditação como um meio
de autoconhecimento e aprimoramento. Dessa forma, deixaremos de ser vítimas das
circunstâncias para nos tornarmos donos do nosso próprio destino.
Texto de Iram Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa
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