quinta-feira, 16 de maio de 2013

AMOR – A primeira e a maior de todas as forças


     Um texto da escritora Eva Pierrakos, autora do livro “O Caminho da Autotransformação” caiu-me nas mãos e passo a transcrevê-lo.
     “Se os sentimentos são tolhidos, o amor não pode crescer.

     Não considerando a religião, a filosofia ou a doutrina que sigam, todos vocês sabem que o amor é a primeira e a maior de todas as forças. Em última análise é a força única. Mas a verdade é a seguinte: como você pode amar se não se permite sentir?

     Isso significa permanecer não envolvido pessoalmente, não arriscando o sofrimento, a decepção e o envolvimento pessoal. Você pode amar de modo tão cômodo? Se você deixar dormente a sua faculdade de sentir, como pode verdadeiramente experimentar o amor? O amor é um processo intelectual? Ou é um sentimento que brota do fundo da alma, um ardor de impacto que flui e que não pode deixá-lo indiferente e intocado? Não é ele, antes de mais nada, um sentimento e não é só depois que o sentimento é plenamente vivenciado e expresso que dele resultará a sabedoria, e talvez mesmo a percepção intuitiva?

     Como você espera chegar à espiritualidade – e espiritualidade e amor são uma só coisa – não dando atenção a seus processos emocionais? Você que agora segue este caminho e faz o que é tão necessário irá inicialmente experimentar uma avalanche de sentimentos negativos. Mas depois que esses tiverem sido adequadamente compreendidos e tiverem amadurecido, sentimentos construtivos desenvolver-se-ão. Você sentirá o ardor, a compaixão e o envolvimento bom como nunca imaginou ser possível. Não se sentirá mais isolado. Começará a relacionar-se com os outros na verdade e na realidade, não na falsidade e no auto-engano. Quando isto acontecer, uma nova segurança e respeito por você mesmo se tornará parte de você. Você começará a confiar e a gostar de si mesmo.” 

     Esse inspirado texto de Eva Pirrakos nos faz parar e analisar. Ele nos mostra que a superficialidade de sentimentos ou a couraça que muitas vezes nos colocamos, com a intenção de “não sofrermos”, nos coloca à margem de todo um processo de amar. Será que vale a pena não sofrer, nos entrincheirando, nos isolando para não sermos atingidos pelas vicissitudes da vida?Pode ser que não sejamos machucados, mas por certo não experimentaremos esse sentimento único, o maior de todos – o amor pleno e desinteressado, o amor incondicional, o amor universal.

     Para que possamos realmente experimentar a plenitude desse amor universal é preciso que nos dispamos de todas as nossas armaduras, que nos coloquemos em atitude receptiva diante da vida. Muitas vezes nossa atitude é de pessimismo, negativismo. Não nos lembramos de agradecer, de abrir nosso coração para as experiências, para os sentimentos. O sofrimento faz parte de todo esse processo. Não podemos ter medo de sofrer. Só damos valor àquilo que recebemos de bom da vida, se conhecermos o outro lado. Ninguém sabe o que é a luz, se permanecer eternamente nas trevas, pois estas nada mais são do que a ausência da luz.

     Vamos dar uma oportunidade à vida? Vamos nos colocar sem couraças e barreiras para aprender realmente o significado do amor universal, essa primeira e maior de todas as forças?
 
Texto de Cecy Kirchner
Foto Ilustrativa

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