Eles ensinaram que toda criatura
humana tem uma herança divina em si mesmo, em seu íntimo. Deixaram marcos
indicando os caminhos que conduzem à posse dessa herança. Esses caminhos
são sendas de Evolução, de auto aperfeiçoamento. Não pode ser de outro modo. Se
assim fosse Eles discordariam entre si. Eles nos mostraram diversos caminhos,
mas todos convergem a um único ponto: a Perfeição. É necessário que se escale a
Montanha da Perfeição; de que lado é a escolha de cada um.
Outra mensagem é a da Unidade de
toda a vida. Por exemplo: quando vamos até o alto de uma montanha, a vista
é maravilhosa, tem-se uma visão global de tudo ao redor ao mesmo tempo,
vemos a paisagem como um todo único. As diferenças vistas lá de cima não isolam
um vale do outro, mas dão mais beleza ao conjunto que agora é visto
perfeitamente interligado. Semelhantemente, a visão dos Seres Superiores é
muito elevada e Eles nos ensinam que as diferenças e divisões são aparentes e que,
na realidade, tudo o que existe forma uma Unidade só, indivisível, total.
Cientificamente, já poderemos ter
uma ligeira idéia disso. O Universo é um Todo em movimento, com galáxias,
sistemas solares, planetas, etc., tudo interligado com precisão e equilíbrio.
Outra prova disso reside no fato de
já nos preocuparmos, em nível mundial, com o planeta onde estamos, tudo o
que acontece em qualquer lugar, por mais distante que seja, tem influência
positiva ou negativa sobre tudo, seja mineral, vegetal ou animal.
Mesmo que seja impossível aceitar esta
Infinita Unidade onde estamos, por questões particulares, deve-se tentar, pois
talvez, com isso, os caminhos sejam menos acidentados.
Nos é difícil tentar ver essa
Unidade plenamente pelo nível de nossa visão e notamos o quanto é importante a
conquista de uma visão mais Real, mas Divina, Perfeita.
Uma outra instrução dada pelos Grandes
Seres para aproximar-se mais da Visão Divina do homem e da natureza é pela
busca do Criador, a procura de Deus. Mas não se limitar a encontrá-lo dentro de
uma Igreja ou em livros sagrados ou em orações apenas, mas na própria natureza,
nos minerais, vegetais e nos animais.
Na realidade, nós estamos contidos em
Deus, nada pode existir fora dele. Tudo o que nos rodeia é um reflexo de Sua
Presença. Ele está presente em tudo, mas não é limitado por coisa alguma. Por
isso, é impossível qualquer descrição. Os livros sagrados afirmam que quem O
percebe não consegue defini-Lo. Portanto, qualquer ponto de vista pessoal sobre
Ele deve ser abandonado como uma bagagem inútil que impede de senti-Lo como Ele
é realmente e como Ele quer ser visto.
A procura do Criador em tudo
também é um caminho para se conquistar aquela Visão Divina do Homem.
Isso não deve ser uma coisa fácil de
fazer normalmente, a não ser em casos especiais.
Por exemplo, na natureza, os rios, as
montanhas, o céu, os animais sempre nos trazem uma sensação mais forte da
proximidade do Criador. Uma criança, um Santo, um Mestre, um Sábio também nos
trazem a recordação de Deus, nos aproximam ainda mais d'Ele. Mas, quando
observamos as pessoas de um modo geral, temos dificuldades enormes. Existem
filtros densos que nos tiram aquela naturalidade própria das crianças e dos
idosos. No entanto, o ser humano na criação é a expressão máxima do criador.
Talvez seja nossa própria insegurança que nos faz procurar defeitos em nossos
semelhantes e não as qualidades. Se existem dificuldades em achar valores reais
em si mesmo, é natural que essas dificuldades aumentem, tratando-se do próximo. (Fim)
Texto de Iran Kirchner
Foto Ilustrativa
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