sábado, 28 de dezembro de 2013

E já é Natal...



     Mais um ano chega ao fim. Festas e mais festas, comilanças daqui e dali, muitas bebidas. Será que isso é Natal?

     Mais do que um momento de festejar o ano que passou é hora de reflexão. É a época em que paramos para pensar em tudo o que se passou durante o ano, em todas as conquistas, naquilo que ficou para trás, no que deixamos de fazer, no que fizemos em excesso...

     Existe uma conhecida e antiga música natalina, de Assis Valente, que diz:

"Eu pensei que todo mundo

Fosse filho de Papai Noel

Ou então felicidade

Eu pensei que fosse uma

Brincadeira de papel

Já  faz tempo que pedi

Mas o meu Papai Noel não vem

Com certeza já  morreu

Ou então felicidade

É brinquedo que não tem.

Papai Noel, vê  se você tem." 

     Certamente você já ouviu milhares de vezes essa música. Ela embalou muitos natais em minha vida. E a letra dessa música é muito inspirada. Chega a ser um apelo de um coração triste que anda em busca da tão esperada felicidade.

     Quantas pessoas, em meio a tantas comemorações, se queixam de infelicidade, de solidão, de abandono. E pedem ao seu Papai Noel um pouco de felicidade. Mas o que significa para elas a felicidade? Será que é um carro novo, uma roupa, um objeto de consumo, dinheiro? Se pedimos com tanto empenho essa dita-cuja felicidade, precisamos saber o que ela significa. Ou então, achamos que Papai Noel com certeza já morreu, pois não traz aquilo que pedimos.

     Parece que a humanidade, em meio a tanto consumismo, tanta festa, esquece o principal: o sentimento. O agradecimento, o espírito de fraternidade, a solidariedade, a fé são sentimentos um tanto esquecidos. Achamos, muitas vezes, que por não termos materialmente tudo que queríamos, estamos infelizes. Como se a felicidade fosse uma decorrência de realizações materiais.

     Por que aqueles que têm tantos bens materiais não lembram dos pobres necessitados, daquelas crianças que olham tristes para uma mesa vazia? Por certo, se o espírito de fraternidade estivesse presente, com sua doação elas receberiam a tão almejada felicidade. Aquela felicidade que vem de dentro, que brota espontaneamente de um sentimento harmonioso, um sentimento nobre.

     A verdadeira felicidade é saber mostrar-se agradecido por tudo aquilo que recebemos, desprender-se das coisas materiais e saber dar o devido valor àquilo que tanto recebemos, todos os dias. Saber agradecer e não pedir. Agradecer até por aquilo que ainda não temos mas que, por certo, virá como decorrência de nossa realização espiritual. O que importa é o nosso crescimento interior, pois foi para isso que viemos a este mundo.

     Gostaríamos de desejar a todos, independentemente de credo, raça, posição social, um Natal com muita paz, um Natal onde todos possam sentir junto de si o carinho, o amor, a compreensão, enfim, a verdadeira felicidade.

     Feliz Natal...
Texto de Cecy Kirchner
Foto ilustrativa 

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