terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Prece e Devoção (Parte II)



O que é a Devoção?


Jamais se conseguirá descrever um sentimento tão profundo e transcendente como a Devoção em simples palavras, pois está muito além do raciocínio lógico intelectual. 


      Poderíamos dizer que Devoção é um dos caminhos de aperfeiçoamento, de evolução, ou seja, a Bhakty Yoga, segundo o hinduísmo, A UNIÃO PELO AMOR. Mas, que seria este AMOR? Um AMOR que nada pede em troca, mas que, ao contrário, se entrega totalmente ao alvo deste mesmo AMOR. Um sentimento que já encontra a recompensa só no fato de estar-se sentindo o próprio sentimento. 


      A Devoção é impossível de se definir, pois é do interior do nosso SER, só é possível sentir e nada mais.  


      A Devoção ao parcial e limitado evoluiu, pelo conhecimento, a uma Devoção mais ampla, sem fronteiras e sem condicionamento do mundo relativo. Tornou-se mais pura ao dirigir-se ao Ilimitado, ao Absoluto, ao Criador. Quando a Devoção é intensa a Deus, ela inclui toda a criação, sem reservas, sem preconceitos. Liberta de pequenas preferências pessoais que geram o separatismo e as rivalidades.

      A Devoção real vem do interior e se impõe sobre o exterior, o ego, a personalidade. Em estado de Devoção é impossível pensar em si mesmo, como pessoa, com caprichos e ambições, pois Devoção é  AMOR e o AMOR é Divino, Ilimitado, Universal. Por isso, produz o esquecimento de nós mesmos como personalidades separadas e reaviva a lembrança de nossa real natureza como filhos do Criador, como centelhas divinas.

      A Devoção conduz à União com a Unidade e aí desaparece a ilusão do dualismo, da multiplicidade aparente da manifestação da Criação. Desaparecem as diferenças dos pares opostos como o Bem e o Mal, a Ignorância e a Sabedoria, o Forte e o Fraco, pois todos eles se encontram num só ponto, Indivisível e Completo.
Texto de Iram Valdir Kirchner
Foto Ilustrativa  

Nenhum comentário:

Postar um comentário