sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A busca natural do ser humano (BHAKTI YOGA-Parte II)



Aquele que busca a Perfeição pelo amor a Deus não está preocupado com as migalhas e quinquilharias da Terra. Seu ideal é a Perfeição, nada menos que isso.
      A segunda característica, também bastante importante, é a seguinte: o devo que ama ao criador verdadeiramente, desconhece o medo. Amor por medo de castigo não é amor, é servilismo. Isso seria rebaixar a Divindade ao nível de um déspota com um chicote nas mãos e uma coroa na cabeça. É infantil e deprimente quando uma criatura está nessas condições. Aquele que é um Bhakti Yogue jamais teme a Deus,
ele ama e confia sempre, e isso é bem diferente. Sejam quais forem as dificuldades que encontre, ele não vacila um momento sequer, sabe que está sendo testado em uma prova de fé e confiança. 

Não haveria mérito algum em manifestar-se amor a Deus somente nas horas felizes e tranqüilas. Não deve existir medo ou revolta pelos imprevistos do caminho da Bhakti Yoga. Ao contrário, deve haver fé e agradecimento, com quem paga uma dívida ou recebe um conselho. O verdadeiro devoto não teme coisa alguma, se ele ama a Deus, ama também toda a Sua Criação, com tudo o que ela tem, seja bom ou mau, agradável ou desagradável, bonito ou feio, não há diferença para ele, são apenas aspectos diferentes do Único Ser que Existe, ao Qual dedica toda a sua devoção.


      A terceira característica do amor a Deus é um pouco mais complexa. Se a devoção é verdadeira, o alvo dessa Devoção, que seria o Criador, não pode ter um rival no coração do devoto. O verdadeiro amor só existe quando o Alvo desse amor é Único e o mais alto Ideal imaginável. O devoto deve ter convicção de que a Suprema Sabedoria, a Bondade mais alta, o Poder mais legítimo e Único, a Essência de toda a Beleza, Justiça e Poder está no Criador, que é o Alvo de sua Devoção. 

Não deve haver outro ideal que divida o amor do devoto, não pode haver competição de ideais. O devoto irá espalhar seu amor a todas as criaturas, mas como reflexo de sua única devoção pelo Criador, só a Ele como Alvo Único.

      Existe um ensinamento antigo, transmitido por um Grande Mestre já quase esquecido nos dias de hoje e que resume em poucas palavras tudo o que estamos tentando entender. Ele disse que deveremos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Apenas isso. 

Texto de Iran Waldir Kirchner 
Foto Ilustrativa




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