segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Amor à vida!



 Ame a Vida sobre todas as coisas (objetos, posses) e ame a vida do próximo como amar a sua própria Vida”, numa visão materialista. Ou, dentro da visão cristã: “Ame a Deus (doador da Vida) sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”.

     Com poucas palavras, o Mestre sintetizou todos os mandamentos antigos e todas as leis modernas e complementou: “Não faças a outrem o que não queres que te façam”.

     A evolução do Amor e seu aprimoramento dependem da experiência e do conhecimento. Uma criança ama espontaneamente seus pais que a amparam e esse amor cresce na medida em que entendem melhor. Todos nós amamos a Vida proporcionalmente às nossas experiências e ao conhecimento adquirido. Desenvolvemos a gratidão, a solidariedade, a compaixão, como reflexos do Amor.

     Com a evolução humana, extrapolamos esse sentimento para mais além, para a origem da vida e para a sua sustentação: Deus, Jeová, Alá, Grande Arquiteto, Ser. Nomes diversos, mas convergentes quanto ao significado. Entendê-Lo está acima da capacidade humana, mas senti-Lo e demonstrar a SUA atuação já foi feito por muitos luminares da humanidade dentro das religiões, das artes, das ciências, da política, etc. Esses seres iluminados nos deixaram sinalizações, indicativos convergentes que apontam para um mesmo ALVO: o Centro do Amor Criativo.

     Assim como as crianças têm dificuldades para entender o amor de seus pais, nós, adultos, também temos bloqueios e resistências para entender o Amor Universal Criador e Sustentador. Nossas experiências da vida e nossos conhecimentos podem nos levar mais próximos dessa Realidade Abrangente. Podemos contar com o auxílio dos Mestres da Humanidade. Suas mensagens são muitas, sendo algumas básicas, mas fundamentais: o temor e o medo não combinam com o Amor a Deus. 

O amor pelo medo seria como o dos seres primitivos que adoravam os fenômenos naturais como sendo deuses que poderiam castigá-los com catástrofes, fome e morte. O Amor é superior ao medo. O amor não pode ser imposto à força. Nem pais humanos fazem isso com os filhos. Não pode haver transações com esse Sentimento Sublime. Amar por interesse, para obter um favor em troca é comércio. A criatura já está sendo agraciada quando envolvida por Ele.

Quando nos extasiamos diante de uma bela paisagem, nada pedimos em troca, apenas permanecer ali em comunhão. Também os ensinamentos apontam para “Amar a Deus sobre todas as coisas” – é um Alvo Máximo, sem rival, sem competição. 

E isso tem uma razão muito lógica, pois nada está fora Dele, Sua atuação é abrangente, total. Mesmo assim, não é uma imposição, mas sim uma meta, um indicativo de uma maneira de ser, uma sintonia com esse Amor Divino. É um alinhamento dos nossos pensamentos, sentimentos e atos para realizações integradas dentro do Macrocosmo. Como diz a oração cristã: “Faça-se a Vossa Vontade (Macrocósmica) e não a minha (pessoal, microcósmica)”.

Texto de Iran Waldir Kirchner Foto Ilustrativa

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