LIBERTAÇÃO
É uma conseqüência da Auto-realização,
paralela; a medida o apego ao exterior pela busca interior, aquelas correntes
que já falamos se tornam elásticas e menos pesadas (corpos).
ILUMINAÇÃO
Na medida em que nos afastamos da
ignorância sobre nós mesmos, ou seja, quanto menos acreditarmos que somos
apenas um corpo físico, com desejos e apegos, haverá mais aproximação com
nossa Real Identidade e a sua luz vencerá melhor as resistências e será
percebida no exterior.
OS CAMINHOS
Já tivemos muitas oportunidades
de ouvir sobre os diferentes caminhos de evolução para a Auto-realização, como
por exemplo, a devoção, a caridade, o conhecimento, disciplinas físicas,
mentais, etc.
Na realidade, todos eles estão
interligados entre si e se completam com equilíbrio. Mesmo que tenhamos
preferência por um deles em particular, temos que aprender a usar os recursos
que todos eles oferecem.
Todos eles têm em comum um ponto
importante: desfazer a identificação aferrada ao nosso ego material exterior e
estreitar os laços com nosso verdadeiro Eu.
Pelo amor a Deus e aos nossos
semelhantes, há o desapego. Pelo conhecimento, desmascaramos a falsa
identidade e nos aproximamos da verdadeira. Pela disciplina física e mental,
impomos aos corpos inferiores normas para um controle eficiente para diminuir
sua resistência a propósitos mais elevados.
OBSTÁCULOS
Vamos, agora, falar um pouco sobre os
obstáculos, as dificuldades que nos separam destes nossos ideais máximos
chamados de REALIZAÇÃO, LIBERTAÇÃO ou ILUMINAÇÃO.
O primeiro deles, talvez o maior,
é a ignorância de si mesmo. Pode-se comparar a criatura humana de modo
geral a um prisioneiro milenar, que já está preso há tanto tempo
que não se recorda mais do que é a liberdade. O homem já acostumou-se
tão bem às correntes que o prendem à matéria que não acredita que haja coisa
melhor para si mesmo e, com esse esquecimento de si mesmo como um ser com
direito à liberdade, acomoda-se com resignação à sua prisão. E na inútil
esperança de encontrar alguma felicidade nesta prisão, a criatura busca tornar
a prisão mais confortável, mais acolhedora. Pinta as paredes de sua cela, doura
as correntes que o prendem. Enfim, ele faz uma completa remodelação do seu
presídio e, com isso, ele tenta se convencer de que tem liberdade e é feliz com
isso. Mas, na realidade, uma prisão, mesmo que tenha grades de ouro, paredes de
mármore, roupas de sede, será sempre uma prisão.
É geralmente o que acontece no mundo,
ou melhor, nesta grande penitenciária chamada Terra. Pelos milênios que aqui
estamos, já nos esquecemos o que seja a LIBERTAÇÃO. Estamos sempre a reformar,
dourando, colorindo, polindo e isso gera sempre mais apego aos nossos cárceres
individuais – o corpo com tudo que o rodeia. É esta uma das razões pelas quais
os Mestres aconselham tanto a prática do desapego. Se o homem fica agarrado com
as correntes, por mais que Eles indiquem caminhos para a Libertação, será
inútil.
Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário