segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Do conhecimento à sabedoria!

INTRODUÇÃO (Parte I)


      Antes de tratarmos do assunto propriamente dito, é necessário que nos situemos devidamente, para termos uma visão do conjunto primeiro para, só então, focalizarmos o ponto que vamos tratar. Caso contrário, ficaremos perdidos.

      Para termos uma ideia, imaginemos um atleta fantástico, que executasse um ato prodigioso e que observássemos apenas o final do acontecimento, sem termos visto o processo desde o início. Assim, não entenderíamos como chegou ao final glorioso.

      Da mesma forma é a conquista da Sabedoria que, sendo um triunfo além da imaginação humana, é a razão para todo o cuidado necessário.
      Faremos sempre um paralelo comparativo entre a figura do atleta com relação ao nosso estudo.

      Antes que possa existir a pessoa do atleta é imprescindível que exista uma individualidade central, sem a qual nada pode existir. Essa individualidade, este ser consciente, seria, em nosso estudo, a Chispa Divina, a identidade espiritual, um centro de consciência embrionária, em outras palavras, o Eu Superior em nós (a Mônada - Espírito e Alma).

      Assim como o nosso atleta necessita de um corpo físico completo e adequado para seu propósito, da mesma forma a Consciência teve que formar dentro do mundo manifesto em veículo apropriado para se relacionar com o plano físico. Após muito trabalho no laboratório da Natureza, surgiu o ser humano ainda em estado primitivo, muito rústico, mas fisicamente completo e auto-suficiente para sobreviver e preservar-se dentro da Natureza.

      O corpo físico por si só, mesmo completo, preparado para sua sobrevivência no meio ambiente, seria apenas um ser primitivo sem qualidades especiais que o destacassem do reino animal. É aí então que entra o importante papel do corpo emocional ou astral, como uma alavanca motora do físico para tirá-lo de sua inércia natural e incentivá-lo em novos rumos. Por isso, a Mônada, já tendo a matéria bruta como base, acelerou o desenvolvimento emocional. Se compararmos isso com o nosso atleta, veremos que apenas um corpo não é suficiente, é necessária a presença de forte desejo de ir em frente. O corpo emocional bem desenvolvido aperfeiçoa as qualidades do físico, torna-o mais sensível e pronto a seguir um comando.

Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto ilustrativa

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