terça-feira, 29 de setembro de 2015

Meditação (Parte II)



Graças a esse talento recebido, somando-se com os primeiros, o veículo físico e o veículo emocional, todo os conjunto ficou mais forte, mais inventivo, com maior poder de atuação no meio natural. Ganhou-se mais liberdade, e também a responsabilidade decorrente, o que não temos ainda na mesma proporção que a liberdade. Uma criança tem a liberdade limitada e vigiada; crescendo, tem mais liberdade e mais responsabilidade. 


O adulto que faz mau uso de sua liberdade, sem responsabilidade consigo mesmo ou com a sociedade, perde a liberdade, nós o colocamos em clínicas, instituições para tratamento ou até em presídios, para voltarem à liberdade, mas com responsabilidade. A humanidade, como um elemento da vida no planeta Terra, e também do Universo, está teimando para inverter essa LEI básica e fundamental de equilíbrio; a história é rica em lições e conseqüências. No dia-a-dia passamos por comprovações contundentes, em nosso pensar, sentir ou agir dentro da nossa individualidade, ou na família, em grupos, em comunidade, em nações, povos e raças.


            Nosso talento mental está crescendo com os modernos recursos de informações e atuação. Saber administra-los para compartilhar, somar, equilibrar com os outros, o emocional e o físico, prevenindo os conflitos, angústias, neuroses que geram doenças e sofrimentos, depende de nós mesmos, como consciência que somos.


            Nós, como consciências, mesmo envolvidos pelos pensamentos, pelos sentimentos e limitados pelo físico, somos mais sensíveis ao que vamos chamar de Sabedoria da Vida; vida que envolve tudo, que coordena tudo, na Natureza, no Planeta e no Universo. Sabedoria que estabelece leis precisas, na física, química, mecânica, em todos os tipos de energias do Universo. Sabedoria que tem um propósito, uma meta, um ideal para tudo o que existe, inclusive nós mesmos.

            Não se deve confundir conhecimento com Sabedoria, conhecimentos são informações, Sabedoria é aplicação dos conhecimentos e recursos para fins coerentes e precisos, sempre em equilíbrio, harmonia e ética.

            Conhecimentos carentes de Sabedoria estimulam uma falsa liberdade de agir e pensar e ter sensações sem prever as conseqüências, ou seja, sem Responsabilidade. Mas como apreender esta Sabedoria? Como dominá-la para poder usá-la com eficiência? É necessário um mínimo de coerência e talvez um pouco de humildade. Mesmo sendo o gênero humano, a criatura física melhor dotada do planeta, autonominada de “homo sapiens”, autotitulada rei da criação, deixa a desejar muito pela sua atuação no Planeta. E ainda, sua “sapiência e reinado” não percebem que a espécie humana surgiu na criação graças à presença atuante de uma Real Sabedoria, tanto no micro-cósmico atômico do mineral, do vegetal e do animal; quanto no macro-cósmico planetário, solar, galáctico e universal? Percebe o reinado das “ciências exatas” a real proporção e distância entre o “conhecido” e o Incognoscível? Orgulho e irreverência são péssimos conselheiros.

            Somos pequeninos aprendizes diante desta Macro Sabedoria. Todos os conhecimentos humanos juntos, com todos os recursos tecnológicos interligados, se confundem diante de descobertas microscópicas e macroscópicas, efeitos, reflexos multicores, mas que ocultam uma Real presença de Sabedoria que ofusca a mente humana.

            Se o orgulho ceder lugar para a reverência e aceitação, seremos tocados e intuídos no correto uso dos talentos e recursos de evolução e libertados dos conflitos e conseqüências acumulados.

Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa

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