sábado, 7 de novembro de 2015

Meditação (Parte VI)

Esclarecimentos sobre a 2ª fase – 12 a 18: 


            As leis da Física: atração, repulsão, gravidade, afinidade química, a coesão do elétron, das células e dos órgãos, a proliferação da flora e da fauna são manifestações do segundo atributo Divino – o Amor – com suas derivações: graça, bem-aventurança, felicidade, Ananda.

            O Cristo Cósmico, filho do Pai Sabedoria, é o agente deste segundo atributo, o Raio Rosa do Amor. Na criatura humana se reflete no corpo das emoções (e+moção = o que induz à ação) com todas as gradações: devoção, sentimentos maternais, paternais, filiais, fraternais, conjugais, solidariedade, compaixão e afinidades, e também em emanações mais inferiores pela resistência do corpo emocional ainda primitivo: aversões, rancores, ódio, instintos de defesa, de preservação e procriação.

            Com livre arbítrio carente da Sabedoria do Pai e com emoções resistentes ao Amor do Cristo, a indução a ações inconseqüentes é inevitável. Por melhores leis humanas que existam, por mais recursos técnicos ao seu dispor, as leis serão burladas e os recursos mal aplicados pela falta dos princípios básicos que regem toda a Criação, inclusive a espécie “homo sapiens”.

            Os ensinamentos do Cristo Cósmico do Amor são bem claros: “Amais ao próximo como a ti mesmo e a Deus (Sabedoria – Amor – Poder) sobre todas as coisas”. O humano age contra si mesmo, no pensar, no sentir e em atos, evidências de que não aprendeu a Amar, no Real sentido da palavra. Este código secreto chamado Amor do Cristo é a chave da porta interna para a Real Identificação e a posse do Reino Perdido. O retorno do filho pródigo, da parábola, exemplifica com clareza: malbaratou os Talentos Divinos em ações de desamor e sem Sabedoria no mau uso da Liberdade sem responsabilidade; criou conseqüências para si mesmo e, tomando consciência da sua falta de amar-se, começou a retornar ao seu estado de direito sempre à sua disposição.

            Como se poderá amar ao próximo se não se amar a si mesmo? Se quisermos conhecer alto, temos que ter um mínimo de simpatia para com ele. Esta é a chave para o autoconhecimento interior e o caminho para entender e amar ao semelhante. Pode-se amar ao Criador, ignorando e desprezando sua criação?

            Existiram muitos luminares devotos a Deus que deixaram ensinamentos confirmando as máximas do Cristo Cósmico, em épocas diferentes, em vários povos e lugares. Portanto, a humanidade sempre foi bem informada, mas exige provas e fecha os olhos às evidências.
            Meditar é deixar fluir o Amor Divino livremente, sem resistência, sem condições, sem tentar negociar ou barganhar com o Divino. O fluir já é a Graça;
            Meditar ou orar por medo de castigo não é amar, é servilismo bajulador a um déspota maldoso e ignorante; neste bicho-papão nem as crianças acreditam. O filho não mendiga ao Pai migalhas se tem todo o reino para si.

            O Amor Divino é como o Sol, envolve a todos, a tudo; nada existe intocado por Ele. Tudo vive e se move graças a Ele. Por mais impermeáveis e resistentes que sejamos no pensar, no sentir e no agir, estamos dentro deste Oceano de Graças e Bem-aventuranças. Meditar é mergulhar conscientemente neste Oceano de Amor como uma gotinha de água que sonha com seu mais alto Ideal – o Mar Infinito.

continua...

Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa


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