Introdução (Parte III)
A mente, com todos os conhecimentos
acumulados e com tanto domínio no plano físico e emocional, é uma ferramenta
imprópria para ir mais além. O máximo que ela pode fazer é tangenciar estes
limites, ou passar de raspão, mas nunca ir além deles.
Mas, nada impede que a Mente receba
impulsos que vêm daquilo que está acima dela, desde que ela aceite e se
prepare para isso.
Aceitar no sentido de se conscientizar como sendo apenas um
veículo ou um instrumento do Eu Superior. E preparar-se no sentido de afinar-se
ao máximo para poder ser sensibilizada por vibrações muito mais elevadas.
É como um instrumento musical de
corda, por exemplo. Se não estiver afinado para uma nota bem alta da escala
musical, as cordas não refletem as vibrações daquele tipo de som.
Mas, quais e o que seriam estas
vibrações superiores, ou valores superiores, que podem sensibilizar a mente e
criar uma ponte de ligação entre o eu inferior e o Eu Superior mais além? Se
procurarmos examinar com profundidade o sentido de certas palavras – por
exemplo: fraternidade, discernimento, intuição, solidariedade, desapego,
caridade – vamos notar que tudo isso pode ser sentido, mas não pode ser
explicado mentalmente.
Duas pessoas podem saber do que se trata por sentirem a
mesma coisa, mas não por aprenderem por palavras. Esses valores superiores são
apenas reflexos do que está acima do nosso eu inferior pessoal, é por isso que
podem ser sentidos, mas não compreendidos mentalmente.
Como o tema de hoje tem o título Do
Conhecimento à Sabedoria, podemos colocar que esses valores superiores são
como reflexos de Sabedoria. A Sabedoria é, então, a meta final do
nosso Eu Interior.
Pouco ou nada se pode falar sobre
Sabedoria, mas podemos aprender muito com a observação de seus efeitos na
criatura. E, melhor ainda, o que a carência dos valores de Sabedoria pode
provocar.
Não significa que eles não estejam sempre
atuando, mas que existe uma resistência maior ou menor nas pessoas.
Texto de Iran Waldir Kirchner
Foto Ilustrativa