segunda-feira, 15 de julho de 2013

Que tal repensar a vida?


     Existem momentos em nossa vida em que paramos para pensar. Nessas horas, o passado vem à tona como alicerce para a avaliação. Que fizemos de nossa vida? Que fizemos daqueles dons que recebemos ao nascer? Será que usamos corretamente todas as nossas potencialidades?

     Se pudéssemos voltar no tempo e começar a vida toda de uma maneira diferente, porém com a consciência que temos hoje, seria uma verdadeira maravilha. Por certo, não cometeríamos nenhum erro, faríamos tudo bem diferente... É, mas isso é impossível. A única coisa que podemos fazer é voltar nossos olhos, examinar todas as nossas atitudes, classificá-las e tentar não cometer mais os mesmos erros.

     Como isso é difícil... Se pararmos para pensar, veremos que em inúmeras ocasiões usamos nossa inteligência e livre-arbítrio de forma incorreta. Atos impensados, muitas vezes, geram mal estar, desconforto. Ímpetos momentâneos podem estragar todo um conjunto de realizações de meses e meses de trabalho. Atitudes precipitadas podem fazer desmoronar um verdadeiro “edifício” de “coisas boas”.

     Quando crianças, agimos por impulso, desobedecemos, fazemos birra, batemos o pé... Nossos pais nos contêm, impondo-nos certos limites. Esses limites são necessários em toda a nossa vida para que possamos saber até onde vão nossos direitos e onde começam os direitos dos outros... Mas, ao que parece, não aprendemos muito bem essa lição e continuamos, pela vida afora, a nos precipitar, a agir com imaturidade, sem pensar nas pessoas que nos rodeiam.

     Quase nunca – ou talvez nunca mesmo – ligamos para um amigo só para perguntar se ele precisa de alguma coisa, de ajuda, ou de um ombro amigo para chorar as mágoas... Usamos a desculpa: não gosto de me meter na vida alheia! Desculpinha fajuta de quem é egoísta. É muito mais fácil nos fecharmos em nós mesmos como uma concha. É mais fácil cuidar da própria vida. E o outro?

     Valores como solidariedade, fraternidade, compaixão viraram meras palavras bonitas. Não mais as aplicamos em nosso dia-a-dia... “A culpa é da vida moderna que não deixa tempo para nada...” Outra bela desculpa. Quando se quer realmente, sempre sobra um tempinho nos intervalos de nossos múltiplos afazeres, para olhar o que nos rodeia. Quantas pessoas precisam de nossa ajuda, quantas pessoas choram sem ter quem as console, quem as incentive. Não custa nada um sorriso amigo, uma boa palavra. E quanto benefício podemos causar... Será que isso toma muito tempo?

     Hoje, eu o convido para uma viagem diferente – uma viagem para dentro de si mesmo. Volte à sua infância, veja quanta coisa boa você aprendeu naquele tempo. Depois, veio a adolescência, cheia de incertezas e indecisões. Os amigos daquela fase da vida por certo ensinaram tantas coisas, algumas boas, outras nem tanto... E você, o que deixou de marca por onde passou? Durante toda a sua vida você encontrou pessoas, se relacionou com elas. Quais as lições que tirou de tudo isso?

     É, não é fácil repensar a própria vida. É mais fácil ver os erros dos outros. Muitas vezes vemos neles os nossos próprios erros e não os reconhecemos. Em qualquer fase de nossa vida é válido que façamos esse “repensar”. Rapidinho... Não se fixe nos erros, não se martirize por tê-los cometido. Não basta procurar não cometer mais os mesmíssimos erros. É preciso também ver as qualidades que podemos colocar no lugar para substituir esses “espaços vazios”...

     Estou certa de que você, depois desse exame, vai se sentir muito melhor, muito mais feliz. Portanto, bola pra frente...

Texto de Cecy Kirchner
Foto Cecy e Iran


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